“De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.”
Tiago 2:14-17

Durante um retiro de fim de semana para jovens quando eu estava na 7ª série, alguns amigos e eu estávamos tentando ficar acordados a noite toda e nos vimos às 2 ou 3 da manhã com lanternas acesas lendo os capítulos do meio do Livro do Apocalipse. Lemos sobre tatuagens, dragões, taças e todo tipo de coisas. Para a maioria de nós, era a primeira vez que líamos esse livro da Bíblia, e estávamos apavorados. Mas esse era o objetivo para todos nós.

E embora eu tenha crescido pelo menos um pouco desde então, ainda há alguns textos assustadores na Bíblia. Mas não assustadores como naquela noite, há tantos anos; em alguns aspectos, até mais assustadores. E acho que não há texto mais assustador em todas as Escrituras do que o que encontramos em Mateus 7, diretamente do próprio Senhor Jesus:

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal.”” (Mateus 7:21-23).

Esse é um texto que o fará dar uma segunda olhada em sua vida. O que é realmente perturbador é a sensação de surpresa absoluta e completa que você encontra nessas pessoas. Até aquele exato momento, nunca lhes passou pela cabeça que poderiam ser desconhecidos de Jesus. Elas haviam vivido – possivelmente por anos ou até décadas – sob a ilusão de que estavam seguras. Seguros. Verdadeiros servos de Jesus.

Se Jesus disse o que quis dizer e quis dizer o que disse, então não é apenas possível, mas uma realidade certa, que haverá pessoas entre nós que irão para o túmulo convencidas de que estão eternamente seguras, mas descobrirão que viveram a vida inteira em perigo eterno. Essa é, de fato, uma perspectiva aterrorizante.

Então, como podemos saber se nossa fé é real?

A Bíblia nos dá a resposta:

“De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.” (Tiago 2:14-17).

Como sabemos que nossa fé é real? É por meio de uma vida transformada que exibe boas obras. Para ser claro, não são essas obras que nos salvam; de forma alguma. É o fato de essas boas obras externas mostrarem a realidade do que aconteceu em nosso interior. Se nossa fé for verdadeira, então nossa vida nos mostrará isso.

Mas espere – isso não contradiz o que Jesus estava dizendo na passagem acima? Afinal de contas, as pessoas nesses versículos estavam fazendo o que pareciam ser grandes coisas para Deus, não estavam?

Aparentemente, apesar das coisas que as pessoas em Mateus 7 estavam fazendo, elas não eram apenas transgressoras da lei; elas também não estavam fazendo a vontade do Pai. Qual é, então, a vontade do Pai?

Bem, Jesus nos dá a resposta para isso de forma muito clara:

“Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6:40).

Com isso, temos uma progressão firme e também a resposta à nossa pergunta inicial: A vontade de Deus é que creiamos. Aqueles que realmente creem terão suas vidas transformadas.

Uma vida transformada resulta em frutos visíveis.

E esse fruto visível é como sabemos se nossa fé é real.