“ E Moisés recitou as palavras desta canção, do começo ao fim, na presença de toda a assembleia de Israel… Proclamarei o nome do Senhor. Louvem a grandeza do nosso Deus!”
Deuteronômio 31:30-32:3
Desde que li nas Escrituras que Moisés foi o homem mais humilde de sua época (Números 12:3), fiquei especialmente intrigado com sua vida, procurando aprender e imitar a humildade de sua fé.
Uma grande demonstração dessa humildade está no cântico final de Moisés – as palavras que ele compartilhou no final de sua vida como uma espécie de encargo final para o povo. Nessa canção, Moisés nos dá três lições fundamentais sobre como proclamar a grandeza de Deus em um testemunho humilde para as pessoas ao nosso redor.
Primeiro, Moisés falou a verdade com mansidão.
As palavras dessa canção deveriam ser levadas a sério porque o Senhor prometeu que elas seriam a própria vida do povo. Essa canção era “Verdadeira”.
Com humildade, Moisés a proferiu com graça. A esperança de Moisés era que ela “se destilasse como o orvalho, como a chuva suave sobre a erva tenra, e como a chuva sobre a erva“. Da mesma forma, somos chamados, com humildade, a “falar a verdade em amor” (Efésios 4:15), compartilhando a verdade vivificante com gentileza e convicção.
Ao procurarmos ser uma testemunha do evangelho para nossos colegas de trabalho, vizinhos, familiares e amigos, será que temos a humildade de honrar a verdade de Deus acima da nossa e, ao mesmo tempo, demonstrar bondade amorosa para alguém que foi feito à Sua imagem?
Em segundo lugar, Moisés proclamou a grandeza do Senhor – não a sua própria.
As palavras finais de Moisés não foram sobre seu próprio nome e grandeza, mas a do Senhor. Moisés declara que o Senhor é a nossa Rocha da salvação, perfeito em Sua obra, justo em Seus caminhos, fiel, sem iniquidade, justo e íntegro. Ele é nosso Pai, Criador, Construtor, Estabelecedor, Altíssimo, Resgatador, Cuidador, Guardião, Protetor, Vindicador, Doador de Vida, Doador de Herança, Curador, Purificador e Único Deus. A última linha de sua canção é uma ordem para que os próprios céus se curvem diante do Senhor. Assim também, o hino dos humildes não é sobre seu próprio nome, mas o de Jesus – o nome que está acima de todos os nomes (Filipenses 2:9).
Em nosso ministério para o Senhor – em nossos locais de trabalho, igrejas, bairros e lares – estamos buscando a nossa glória ou a Dele? Esperamos que os outros nos elogiem e aplaudam como mensageiros ou aplaudam Aquele que nos confiou a mensagem?
Em terceiro lugar, Moisés temia as consequências do orgulho.
Moisés sabia que um dia o povo diria: “Nossa mão triunfou, não foi o Senhor quem fez tudo isso”. Eles se voltariam para outros deuses, abandonariam o Senhor, zombariam Dele, não se lembrariam Dele, quebrariam Sua aliança, praticariam o mal, não teriam conselho e abandonariam toda a fidelidade. E Moisés sabia que esse orgulho traria a calamidade e a desgraça deles. Ele resistiu ferozmente a esse orgulho em sua própria vida e advertiu urgentemente os outros a respeito do orgulho deles também.
Por meio de nosso testemunho e exemplo, somos marcados pela humildade que reconhece nossa pequenez em comparação com a grandeza de Deus e que honra os outros acima de nós mesmos? Somos rápidos em lembrar a nós mesmos e a qualquer pessoa que queira ouvir, como fez Moisés, que nenhum outro deus ou ídolo sem vida pode nos salvar porque não há ninguém além do Senhor?
Na humilde canção de nossas vidas, nós também podemos proclamar o nome acima de todos os nomes e admoestar os outros a temê-Lo acima de tudo – porque essas palavras, a canção de Moisés, essa verdade, é a nossa própria vida.